segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Papo furado

As nuvens choram por nós
Esta chuva é choro de amor
Me entristece o som da chuva
Não há encanto no som de lágrimas caindo

Eu me pregunto porque você não fala
Alguma coisa, papo furado
Porque tanto silêncio
Não me culpa, não me inocenta

Talvez as palavras não sairão
Porque você e eu dissemos tudo
Quando o amor era pequeno
Ali onde a distância não havia influído
Quando a saudade ainda não o fizera maior

E eu recordo cada palavra direto do coração
Cada não, cada sim, cada adeus
Foram palavras fracas, sem firmeza
Assim não deveriam ser

Então, em vez disso, aliviemos a dor
Me da mais uma chance...
De ouvir o som da chuva sem lembrar
Que são como lágrimas caindo
Vamos pensa que a chuva é como as risadas
Que eram só nossas naquele nosso lugar

Ou então, permita-nos ver o pôr do sol
Tudo mudou desde que nos abandonamos
Mais a vontade de estar contigo não
É ainda maior, como sonho
Se eu podesse me comprometeria
Com o que resta de nós, ou com tudo que é resto de nós

Talvez nosso amor para você nestes dias,
Se transformou em papo furado, é verdade
Você pode pensar assim, mas não
Te pesso para ficar e deixemos a chuva ir embora

Não pense que nos amar é errado
Não me diga que estou errada
Nunca fui tão forte
Eu nos dei algum tempo, mas
Já estou cansada de procurar
Ser feliz sem você
Descobri que minha felicidade é você

Nós nunca encontramos o caminho
Porque você se escondeu de mim
E eu aceitei você estar escondido assim
Não deixe nosso amor ir embora
Tornando nossas palavras papo furado
Mas no meu coração eu sei
Papo furado há em tudo
Menos em dizer o quanto preciso que fique.

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