segunda-feira, 12 de julho de 2010


De veras estive perdida
Te encontrar no caminho foi achar a mim mesma
Antes de amar-te, amor, nada era nada
Me perdi pela vida, sem rumo, sem amores
Nada me animava ou me dava fome
Tudo se resumia a viver por viver
Sem destino, sem esperança, sem amor
E eu vagava por aí te procurando
E sem saber que você ainda existia
Existia lá dentro, enterrado em mim
Vacilei pelas ruas e as coisas:
Conheci o sabor das lágrimas
Bebi o cálice da amargura
Chamei de meu amor o motivo de minha ruína
Eu era alguém que não era eu... longe de você
E conheci cinzas e incêndios
Naufrágios, luto e desastres
Túneis escuros, sem luzes, sem velas
Escuros, escuridão ao final
A vida judiava de mim e eu brincava com ela
Eu era só tristeza, vazio e ilusão
Eu estava morta, abandonada, cega e muda
A felicidade não me era digna
Tudo era inalienavelmente alheio,
Tudo era dos outros, nada era para mim
Até que teu amor e tua doçura
Me salvaram de toda a amargura
Que eu voltarei a ser... longe de você
A vida se enche de otono,
Meus sonhos são todos primavera
Faz verão no meu coração
Porque tuas palavras perfumadas com teu cheiro
Me aquecem a alma e afastam o inverno, a solidão.
Eu te amo!
Nada é suficiente
Quando se pode ter bem mais
Não quero mais te abraçar sem jeito
Quando posso estar em teus braços com apego,

Chega de beijos na mão
Quero morder teus lábios
Porque eu posso querer bem mais

Vou dizer menos que te amo
E vou fazer mais amor
Porque amar já foi tão suave
Que precisou virar chama

Amar sem medidas, incompatível
Extrapolou o espaço do coração
sufoca-me, fico sem ar
Emparedou-se no pulmão