domingo, 28 de dezembro de 2008


O que pretendes nesta vida

De conquistas e desapegos?

Fazes sofrer e não te completas

O que buscas, será que sabes?

Olho para ti e vejo

O retrato de alguém que não se vê

Até no amor diz não crer

Mas confessa que amou

E a este sentimento já se entregou

Talvez seja isso

Entregaste-te demais

E tal entrega te fez prisioneiro

Destas algemas não encontras mais as chaves

Encontras então o direito de aprisionar outras almas

Apenas para poder aliviar a tua

Volta-te a ti mesmo e olhas

Será que por alguém hoje choras

Ou fazes chorar?

Será que tua alma realmente pertence ao ninho que te acolhe

Ou vives em abrigo que tua essência já não escolhe

Sabes o que queres?

Ou ainda buscas palavras que expressem

As razões que te tornam insensível

A ponto de não valorizares meu inocente coração

Que de mim um dia roubaste

Enquanto a mim fingiste te entregar

Porém tuas conveniências e orgulho

Fizeram-te voltar ao leito primeiro

Que por mim um dia por inteiro

Deixaste e a nossa paixão te entregaste

Procura estar onde teu coração está

Deixa a tua razão pousar ao lado da tua felicidade

Não as segmente

Ensine-as a andarem juntas

Para nunca mais te sentires dividido

Entre o amor e o erro.

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